sábado, 31 de outubro de 2015

(Devocional) Não já como servo - Fl. 1:8-25


Sábado, 31 de Outubro de 2015
Leitura Bíblica Diária: Filémon 1
Não já como servo

 “Pelo que, ainda que tenha em Cristo grande confiança para te mandar o que te convém, Todavia peço- te, antes, por amor, sendo eu tal como sou, Paulo, o velho, e também agora prisioneiro de Jesus Cristo, Peço-te pelo meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões; O qual, noutro tempo, te foi inútil, mas, agora, a ti e a mim, muito útil; eu to tornei a enviar. E tu, torna a recebê-lo, como às minhas entranhas. Eu bem o quisera conservar comigo, para que, por ti, me servisse nas prisões do evangelho; Mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício não fosse como por força, mas voluntário. Porque bem pode ser que ele se tenha separado de ti por algum tempo, para que o retivesses para sempre, Não já como servo, antes, mais do que servo, como irmão amado, particularmente de mim, e quanto mais de ti, assim na carne como no Senhor? Assim, pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo; E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta. Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi; eu o pagarei, para te não dizer que ainda mesmo a ti próprio a mim te deves. Sim, irmão, eu me regozijarei de ti no Senhor: recreia as minhas entranhas no Senhor. Escrevi-te confiado na tua obediência, sabendo que ainda farás mais do que digo. E, juntamente, prepara-me também pousada, porque espero que, pelas vossas orações, vos hei-de ser concedido. Saúdam-te Epáfras, meu companheiro de prisão, por Cristo Jesus, Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores. A graça do nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito! Ámen.”
Filemon 1:8-25


Onésimo não tinha antecipado, no momento da fuga, tudo o que ainda lhe iria acontecer. Ele encontra-se com Paulo, que provavelmente estava em prisão domiciliária em Roma, e conhece o Senhor Jesus Cristo, recebendo-O como Senhor e Salvador. A vida de Onésimo estava agora em Cristo. O velho homem, crucificado e morto, havia sido regenerado pelo poder de Deus. Paulo conhecia o antigo senhor de Onésimo e envia-o de volta. Filémon deveria receber este seu antigo escravo, não já como servo, mas como irmão amado. Que bonita ilustração daquilo que Jesus faz na vida do convertido. Antes de ir a Cristo, eu era servo do pecado e sem qualquer vida espiritual. Eu era egoísta e vivia para satisfazer os meus interesses e alimentar o meu orgulho. Jesus levou sobre si a minha dívida para com Deus e agora sou uma nova criatura. Paulo diz a Filémon, que se houver alguma dívida, que essa seja colocada na sua conta. Com aquela carta na mão, Onésimo estava livre de qualquer dívida! Assim é o crente que recebe o dom gratuito de Deus, pois o documento que o condenava foi cancelado pelo sangue na cruz. Paulo diz ainda que Onésimo deveria ser recebido como se fosse Paulo. Eu sei que comigo é assim também. Quando eu me encontrar com o Juiz de toda a terra, eu estarei revestido não com a minha justiça (imperfeita, insuficiente), mas com a justiça do Filho de Deus. Você já está coberto com a justiça de Cristo? Está pronto para se encontrar com o Senhor?

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

(Devocional) Faz-nos regressar outra vez - Sl. 126:4-6


Sexta-feira, 30 de Outubro de 2015
Leitura Bíblica Diária: Salmos 126-130
Faz-nos regressar outra vez

“Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, Senhor, como as correntes no sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.”
Salmo 126:4-6


O salmista deseja voltar a viver a mesma alegria que o povo havia sentido ao regressar dos anos de cativeiro na Babilónia. Porque é que as dificuldades normais da vida conseguem roubar a alegria que temos no Senhor? Porque nós deixamos. Permitimos que os nossos olhos se fixem no problema em vez de se deliciarem no Salvador. Ficamos tristes pela perda da semente em vez de anteciparmos a maravilhosa colheita. A semente era preciosa pois podia ser usada como comida. Em anos de pouca produção agrícola e em casas com pouco alimento, a época da sementeira era um momento dramático. O agricultor enterrava aquilo que poderia servir de alimento aos seus filhos. Mas como é que ele deveria encarar aquela dificuldade? Sem a tristeza da sementeira, não haveria a alegria da colheita. A expressão “sem dúvida” refere-se à pessoa de Deus, Ele é de confiança. Nele conseguimos ver o que ainda não pode ser visto. A nossa fé em Deus permite que antecipemos a alegria da colheita. Porque conhecemos aquele em quem confiámos sabemos que a Sua vinda é certa. Ele é suficiente para completar o trabalho em nós começado. Sempre que meditamos no evangelho do Senhor, voltamos ao dia em que Ele nos libertou do cativeiro do pecado. Somos então inundados pela alegria agradecida da liberdade. Podemos estar a enterrar a semente, mas já estamos a viver a alegria da colheita.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

(Devocional) A razão do pedido - 2Re. 20:12-21


Quinta-feira, 29 de Outubro de 2015
Leitura Bíblica Diária: II Reis 16-20
A razão do pedido

 “Naquele tempo, enviou Berodac Baladan, filho de Baladan, rei da Babilónia, cartas e um presente a Ezequias; porque ouvira que Ezequias tinha estado doente. E Ezequias lhes deu ouvidos, e lhes mostrou toda a casa do seu tesouro, a prata, e o ouro, e as especiarias, e os melhores unguentos, e a sua casa de armas, e tudo quanto se achou nos seus tesouros: coisa nenhuma houve que lhes não mostrasse, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio. Então o profeta Isaías veio ao rei Ezequias, e lhe disse: Que disseram aqueles homens, e donde vieram a ti? E disse Ezequias: De um país mui remoto vieram, de Babilónia. E disse ele: Que viram em tua casa? E disse Ezequias: Tudo quanto há em minha casa viram: coisa nenhuma há, nos meus tesouros, que eu lhes não mostrasse. Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor: Eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado a Babilónia: não ficará coisa alguma, disse o Senhor. E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei de Babilónia. Então disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do Senhor que disseste. Disse mais: E não haverá, pois, em meus dias, paz e verdade? Ora o mais dos sucessos de Ezequias, e todo o seu poder, e como fez a piscina e o aqueduto, e como fez vir a água à cidade, porventura não está escrito no livro das crónicas dos reis de Judá? E Ezequias dormiu com seus pais: e Manassés, seu filho, reinou em seu lugar.”
II Reis 20:12-21


Este capítulo conta-nos o final da vida do grande rei Ezequias. O início do capítulo relata como Ezequias foi acometido de doença mortal e de como ele orou ao Senhor para que sobrevivesse à sua doença. Ouvindo a oração do Seu servo, e lembrando-se da fidelidade de David, Deus manda o profeta Isaías dizer ao rei que ele sobreviveria à sua doença quinze anos (v. 6). Vemos aqui a fidelidade e o amor de Deus, a forma como Ele escuta e Se comove com as nossas orações, aprendemos que vale a pena levar as nossas preocupações perante o Seu trono, que o nosso Deus não é distante e inalcançável, mas próximo e amoroso. A partir do versículo 12, vemos o reverso desta história. Talvez ensoberbecido pela oração respondida e encorajado pelos anos acrescentados, o rei Ezequias comete um erro que se revelaria desastroso. Ezequias convida o rei da Babilónia para uma visita oficial ao seu palácio e mostra-lhe todos os seus segredos, as suas armas, a extensão do seu tesouro. Isto iria custar muitos dissabores futuros ao reino de Judá, pois aguçou a cobiça estrangeira sobre este reino. Muitos dizem que talvez tivesse sido melhor que Ezequias não tivesse vivido os últimos quinze anos, mas talvez isto seja uma chamada de atenção para que pensemos em porque pedimos ao Senhor o que pedimos, qual a motivação do nosso coração quando oramos, e o que fazemos com as respostas às nossas orações que o Senhor nos concede.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

(Devocional) Para que o adversário se envergonhe - Ti. 2:1-10


Quarta-feira, 28 de Outubro de 2015
Leitura Bíblica Diária: Tito 1-35
Para que o adversário se envergonhe

“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Os velhos que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, no amor e na paciência; As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem, Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem os seus maridos, a amarem os seus filhos, A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas aos seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada. Exorta, semelhantemente, os mancebos, a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós. Exorta os servos a que se sujeitem aos seus senhores, e em tudo agradem, não contradizendo, Não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.”
Tito 2:1-10


Nesta passagem temos conselhos de ordem prática, mas também a razão de ser, o objectivo, destas instruções. Uma regra sem uma razão de ser rapidamente se torna numa lei, e rapidamente é abandonada. Mesmo a lei do Antigo Testamento tinha como objectivo mostrar que ninguém a conseguia cumprir e apontava para Cristo, o ser humano perfeito que a cumpriu em nosso lugar. Encontramos nesta passagem conselhos para o próprio Tito, conselhos para homens mais velhos, senhoras mais velhas e jovens de ambos os sexos. Cada um dos conselhos tem razão de ser e deve ser escutado com atenção. Uma das palavras chave desta passagem é “moderação”. Devemos ter cuidado com os excessos. Estes, quer aqueles de quem se entrega sem reservas a todos os desejos infernais da sua carne, como os dos que se convencem que conseguem agradar a Deus sozinhos e sem ajuda, são prejudiciais e devem ser evitados. Tal como anunciado em Génesis 3:15, o Messias, nosso Salvador, feriu de morte a Satanás, nosso adversário. Quando deixamos que Cristo viva em nós, o inimigo envergonha-se, pois não tem nada de que nos acusar. Desengane-se aquele que pensa que consegue fazer com que o diabo se envergonhe. Deus nunca quis que cumpríssemos a lei. Jesus é aquele que, sendo formado em nós, envergonha o inimigo das nossas almas. Estes conselhos práticos ajudam-nos a apontar os nossos pés na direcção certa, mas é Cristo que completa a corrida em nosso lugar.   

terça-feira, 27 de outubro de 2015

(Devocional) A casa do Senhor - Sl. 122:1-5


Terça-feira, 27 de Outubro de 2015
Leitura Bíblica Diária: Salmos 121-1255
A casa do Senhor

 “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor. Os nossos pés estão dentro das tuas portas, ó Jerusalém. Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida, Onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como testemunho de Israel, para darem graças ao nome do Senhor. Pois ali estão os tronos do juízo, os tronos da casa de David.”
Salmo 122:1-5

Embora muitas vezes usado para referir a importância de ir à igreja, este salmo tem mais a ver com a presença do Senhor. O contexto é o templo em Jerusalém. O templo foi o lugar que o Senhor escolheu para estar presente no meio do seu povo. Poder ir ao templo era, portanto, uma ocasião de grande alegria. É possível que o salmista se referisse aqui a uma festa anual. Para muitos a ida ao templo era uma ocasião especial por ser algo que era feito apenas uma vez por ano. Alguns judeus moravam tão longe que poderia ser apenas uma vez na vida. Mas o que tornava a ida ao templo especial não era o próprio templo, era a presença do Senhor. O crente em Jesus dos dias de hoje tem algo que era impensável naquela altura. Todos os salvos do Senhor após o dia de Pentecostes têm, em si mesmos, a presença do Senhor. Assim, a alegria que vemos neste salmo deveria ser nossa a cada momento, de cada dia. Quando as igrejas se reúnem, e isso é algo que agrada a Deus, temos a oportunidade de dar testemunho público de todas as maravilhas que o Senhor fez por nós. Mas temos de ter a consciência que o Senhor não está presente apenas na igreja (onde dois ou três estiverem reunidos...”). O Senhor está presente em nós!